Caso 1 – Sucessão do CEO

Em média, uma empresa investe de três a quatro anos para concretizar um processo de sucessão interna.

Uma multinacional brasileira de alimentos, com R$ 6,6 bilhões de receita líquida e 44 mil funcionários, investiu três anos e meio em um processo estruturado de sucessão presidencial e aplicou várias práticas que culminaram numa transição suave e bem aceita pelo mercado de capitais.

Tanto o Conselho quanto o presidente anterior acreditavam que um candidato interno seria capaz de navegar com maior facilidade na forte cultura da empresa, tirando o melhor proveito de suas qualidades. Ao mesmo tempo, desejavam que este candidato fosse inovador e questionador o suficiente para levar a empresa a um novo patamar de internacionalização e rentabilidade, almejado pelos acionistas.

O processo começou com o mapeamento das competências internas dos principais executivos na linha sucessória. Um amplo plano de treinamento internacional e desenvolvimento de liderança foi colocado em prática, embasado por um programa de rotação de cargos e reestruturação organizacional, que viabilizou novas experiências e a formação de executivos com responsabilidade por resultados de unidades de negócios.

O processo se caracterizou pela participação do comitê de sucessão do Conselho, e da intensa dedicação do presidente anterior e do diretor de RH.

Algumas práticas se mostraram bem sucedidas:

Cultivo de candidatos internos

• O contínuo mapeamento de competências de todos os executivos, inclusive daqueles integrados a partir de aquisições, focou os investimentos em capacitação e maximizou o seu retorno.

• Uma vez escolhido o sucessor, desencadeou-se uma série de remanejamentos de executivos. Este dominó de movimentações verticais e laterais, não tomou a organização desprevenida, tendo sido exaustivamente planejado e discutido.

Plano de transição

• O presidente anterior dedicou-se a fazer um roadshow, apresentando o novo presidente ao mercado financeiro, a clientes nacionais e internacionais e a membros do governo.

Uso de consultoria externa

• Através de um acompanhamento especializado, o processo sucessório contou com neutralidade, racionalidade, consistência e articulação, trazendo fluidez e confiabilidade ao processo.


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